no momento
sou urgência.
corro,falo,
pasmo,
viro cristão,
faço continência
até no relento,
mas sou
o homem
do agora.

tudo por causa
dela.

mulher,lógico,
porque
se não entra
no começo da
história,
aparece no fim.

como uma
plena heroína
mas, afoita e
engasgada
pelas
ferinas
e mágicas.

tudo prá confessar,
um pouco de
minha vida,
que mais parece
lá,
um paredão
pra fuzilar !

sou obrigado,
pois a sociedade
cobra meus
sentimentos;
como a agulha
faz pra atravessar
o pano !

tudo porque
fui
largado,
feito vendaval
de filme,
pela minha amada.

e logo,
arrumei
outra
de pensar  

tudo seria
muito banal,
se ela não
fosse caçadora
de vinténs,
e eu
pescador
de moças,
que fazem
aniversário,
e
fazem todas,
os dezoito anos !

provado está
certo não dá,
pois
vive-se igual a
um inferno!

ela quer
vinténs
de reis,
eu, moiçolas
encaracoladas
de amores
e saias
sem além !