Alegrete da Manhã
Sou o avulso
que se atreve ao todo, quase lúcido. Sou perca das horas, estagiário do infinito sem bordas. Tenho bom comportamento, por isso, sou apenas grilheiro de duas algemas, sem fardamentos. Se me pedem dou eu, se me querem faço de mim, se me gritam, augusto sou: quase o fim. Me espere ao chegar, é breve: faça de suas mãos, meu abrigo, e enleva o que se perde de mim - são coisas simples - donas de você, ou talvez seja seu beijo esquecido, que falta no corpo meu, sem prontas respostas e parecido com grandes alagadiços de plenos alegretes de vazios. E espero, sua alegria.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 10/07/2006
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