A Poesia Que Não Deu Certo
Conheci uma mulher
de muito moderna, dessas, de todo dia frescar nos shoppings e nas tavernas. Conheci a tal mulher e ela disse que amava poesia e só me dava seu amor, se uma cantata eu fizesse de alegria. De tanto amor que tava, que fiz uma de acalanto: " meu amor, querido amor, te quero azul ou branca, ou você, por bem, tira essa saia de cor, ou eu arranco ela com todo vigor !" Pelo visto e bem revisto, ela não entendeu bufas, de uma poesia tão profunda. E com toda arte de mulher, me deu um pontapé ou panázio, onde vigora a censura, e me atirou uma xícara de café fervente, no mesmo lugar onde se faz amor bem fundo. Ah! Mulher inculta !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 18/07/2006
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