Alça de Porteiro
Tempo do tempo arguto,
que me leva às águas claras de um lago que já foi tudo onde até rosa-marinho dava. Tempo dos presentes, dos vivos, tempo que andavam no coração e nos campos de flores ricas, tempo que me diziam: me dê um abraço que eu te dou um beijo e canto uma canção. Tempo dos tempos,sem idas, os deuses, no entanto, dele fizeram campo árido, vazio e sem vida,sem encanto. Hoje, se quiser vê-los tenho a permissão da alça-de-porteiro: é só chavear a porta, sem medo, e abrir os portões e a paz do campo santo vesgueiro!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 02/08/2006
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