Amor Cego
Obreiro sem artes,
cheio de arremedos, fugitivo das horas, relaxo o corpo em partes, e, no sincero, só acho medos. Minha vida têm sido assim: ora é uma hora, ora é outra, mas tudo segue igual que até se calam os sinos! Duvido de mim, duvido do que me cerca, perdi a vontade de chegar e muito mais de partir. Espero só minha hora de jasmim, onde poucos se aventuram, mas é prá lá que vou, ver se florescem em seus olhos, tudo o que perdi de mim. E se perco por tudo, faço por você: se perdi seu mundo, perdi a sensação dos cedros: daqueles que caminham e sequer seu amor permutam !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 12/09/2006
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