vi uma ave voar
vi uma ave de plaino azul bordeando o céu. lá na casca, lá no antro do mundo, onde o sol custa a nascer e a lua vem em pranto. lá longe onde morrem amores, lá onde não existem pontes. lá, onde moram somente rumores dos falidos de dor. lá onde, em sofregidão, os homens morrem cedo e a solidão nasce logo, prateada, mas encerrada de sós. vi uma ave voar vi uma ave voar... e depois, zoada, a vi morrer ! é o o homem que engaiola os pássaros, ou são os pássaros que fazem dos homens eternos proprietários de aves , homem vazios e serviçais ? quem é dono de quem, onde o forte se apodera do cândido e do fraco ? José Kappel
Enviado por José Kappel em 21/04/2017
Alterado em 23/04/2017 |