Sombra dos Sozinhos
Logo às seis, de começo e sem fim, te
abraço e te enlaço, e logo, pagens coloridos nos servem rosas e esperanças e depositam também ramos de dúvidas. É manhã de Novo Dia. Uma densa mistura de ontem e hoje. Um caos apaziguado. Sei gracioso, que é nosso início, sei, enlouquecido, que é também o prenúncio do fim. Que cidras sejam servidas e a cubram de branco. E que me sirvam vinho para que os deuses que nos separam fiquem sedentos. Vou a caminho de um céu que não existe, e você vai se banhar à sombra dos sozinhos.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 10/06/2019
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