Pérgulo de Pensar
Longe do esplendor do sol,
cabisbaixo diante de tanta luz, oneroso de tanta grandiosidade, pérgulo, sem sombra, olvisso, sem ramos de brilhos, sem luas tímidas a remoer o sol de grandezas, fico eu, olhando o início e o fim das coisas - que não tem a mínima importância - nem para o céu, nem para a terra. Para mim, porém, escravo do tempo e das coisas que fazem a mágica se remediar, parar e se transformar, hoje é meu dia de festa. E se faço a festa, trago o bolo. E se há luz neste borborinho de maravilhas, me sinto atonteado por estar vivo e compreender que cada pedaço do que vejo, é um pedaço de mim. É a vida e a morte que se aproximam !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 05/07/2019
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