Sou ânsia da água - orgulho de reza -
celebrante de seu brilho,
macero meu destino em seu apanágio,
corro montes pela sua pureza.
Sou vida por sua causa,
sou andante de reis,
nunca sou posto à prova de fogo
e vivo cristalino,o lustroso
exulta de alegria minha rala alma.
Sou ânsia do que vêm da água,
sou coisa fácil, até maleável,
venho de reinos de celebrantes
onde exorcizo meu amor saudável.
Não vim de longe,
vim do lado dela,
vim dos sais,
e me apronto de luz
próximo às pontes.
No final, deu de dois,
deu briga sem armas !
Ela pra lá,
eu sozinho,
borbulhando
nas águas panadas.