procuro e procuro
acho
e perco
ganho e
disperso
feito ventania
na fonte do ouro.
uma hora
é,
noutra, deixa de ser.
quando vejo, não acho,
quando acho,
já se foi.
contra o tempo
ela bateu.
mas,
virou
musa do
pobre museu.
É uma
migração
de
saudade
de gente,
ou dela,
que pode ser chamada
de pura aurora
uma lua
de
alucinação,
pois,
sou o que sou,
e só me perguntam
o que não sou.
não
sou nada
de alguma coisa,
vindo,
bendito
do zero,
que achou
e se perdeu
nas contas do
ninguém.
agora, meu amigo, azar !
belo azar.
bento cruzes!
ela se foi
pra bem amém
de qualquer
imaginação.
na santa oração !
foi de mãos
dadas
com flores,
pra lá
da porta
do além.