fui de pouco,
quase nada,
raspei de longe,
feito tal louco!
mas que mulher
é essa
que me perdoa,
e assina em
branco,
com fé,
meu desamor?
Sou mór dos
sem feitos,
capataz de
ricos,
sou guerreiro,
mas me falta
a luta.
Sento,
e me sinto imperfeito,
uma dobra de tempo.
Sem nenhuma
explicação,
se lá não fosse o
vento dizer:
te levo,
te largo,
te trago
à bordo
da tenra canção!
Mas tenha dó,
sou talismã
de pouca sorte,
mas me dê a
chanche
de um dia
morar
nos seus labios
e prover de
seu corpo
com chamas
de porte.
E faz,
meu mundo
seu espelho,
com arestas
de rosas
e perfumes.
você não é dona,
de vender,
mas é de mulher,
chamada
com fé,
por toda roda,
de quentura.
Então,
faz de um homem só,
um gigante
de amado
e um córrego
sereno
de algum amor.
Disfarça
e faz,
venho em paz,
lá dos confins
de Solimões,
lugar onde nasce amores
mas
terminam os sonhos.