José Kappel

Um amor sobrevive a outro amor

Textos


fui de pouco,
quase nada,
raspei de longe,
feito tal louco!

 

mas que mulher
é essa
que me perdoa,
e assina em
branco,
com fé,
meu desamor?

 

Sou mór dos
sem feitos,
capataz de
ricos, 
sou guerreiro,
mas me falta
a luta.

 

Sento,
e me sinto imperfeito,
uma dobra de tempo.


Sem nenhuma
explicação,
se lá não fosse o
vento dizer:
te levo,
te largo,
te trago
à bordo
da tenra canção!

 

Mas tenha dó,
sou talismã
de pouca sorte,
mas me dê a
chanche
de um dia
morar
nos seus labios
e prover de
seu corpo
com chamas
de porte.

 

E faz,
meu mundo
seu espelho,
com arestas
de rosas
e perfumes.

você  não é dona,
de vender,
mas é de mulher,
chamada
com fé,
por toda roda,
de quentura.

 

Então,
faz de um homem só,
um gigante
de amado
e um córrego
sereno
de algum amor.

 

Disfarça
e faz,
venho em paz,

lá  dos confins

de Solimões,

lugar onde nasce amores

mas 

terminam os sonhos.
 

José Kappel
Enviado por José Kappel em 01/09/2022


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