Ela era bem assim...
assim.
Nem mais, nem menos,
Uma hora na recaída,
noutra, ponderosa.
Mas sempre assim.
Por mulher, ela era,
cinco ou mais vezes;
mas provei isso:
flor ela não era.
Mas,
era a Albertina,
mulher de entrega,
fazia crediário do corpo,
era bela e falsa libertina.
Ela era bem assim:
um pouco lá,
outras vezes cá,
mas sempre devota aos
próximos
e frios cabelos
dos iguais.
Roda daqui,roda dali,
estou adesivo de um vitral,
que se nega
a partilhar seu doce
com os ociosos e diluidos.
Sorte minha,
ganho três
estrelas e restolhos
de um sol
que me chega.
Azar o meu,
nem toda hora
é minha vez!
Pois toda hora
é hora
do sol
fazer sombras
no meu pobre sonho!