Minha Rose
só de idas
tenho cem. de voltas, não conto, pois vão além ! ficar na porta da casa dela esperando eu fico, mas sabendo que ela não vem, fica tudo difícil ! pois é ! fico igual a uma horta sem solução ! meu amor eterno tá assim: eu a quero prá sempre, ela, impoluta, diz que só sirvo pra acalentar sonhos de absoluto vazio ! ainda justifica, meio difícil de entender, que o otário sou eu, louco de tanto fenecer! que fazer? eu a quero, ela, nem pensar ! quero entrar por uma porta e sair por outra, mas nem esse sonho de criança tenho mais ! sou jardim de flores perdidas, homem de mulher que, verdade seja dita, faz de tudo, e luta pra me ver longe de seu rosto bentido ! bobo sou! azar! perco a mulher mas não perco a pose. e, em resumo, perco a mulher, e perco a minha rose.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 05/04/2006
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