Amor de Doer
não gostaria
que você de mim lembrasse. afinal, prá quê? santo não sou. chinelo de pé também não. agora, sou sufocante, e me afago com dúzias delas. não espere não. eu já fui e você nem percebeu. ficar de mãos dadas não quer dizer nada. nem beijar nessa idade de todos os lados ! não lembra mais de mim,não. não adianta nem choro nem vela. o que morreu morreu! mas,como um espinho doeu. amor quando morre é igual a casa de zebedeu: entra rico e sai sem vintém. não lembra de mim mas não. e fim de papo: amor só foi feito para doer !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 13/04/2006
|