Aragens
Tirei um tempo,
tempo meio azedo, prá lembrar de você, foi uma coisa de nada, e já passou o medo. Lembrei de seu perfume, gasto em mim centenas de vezes, prá no fim ver tudo morrer... morrer no ar no ar úmido dos vagalumes. Não era prá ser uma história, história triste. Mas, de repente, a vida em riste me levou pro seu lado e, eu, de vago à sozinho, chorei baixinho. Lembro que perdi seu mundo e ganhei só um lenço de perfume. Sabe, moça, se te ama e ama alguém, presentei seu corpo molhado e perfumado a quem ama. Ele lembrará, de vivo à mortal, que um dia, foi ganho de dádivas e foram feitos de aragem do amor, e com o brando sôpro de sua vida.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 14/04/2006
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