Tiro o Laço e Ponho a Corda
Tiro o laço,
ponho a corda, faço a fita sem cor, mas neste jardim pra colher um beijo é faina de gigante, ou de bravo conquistador. Por isso ficava angustiado, minha cabeça girava igual zona, toda hora era aquela premência e ansiedade, pois ela era mulher durona. Era considerada, nas conversas de sexo, a mais rígida e anversa! Um dia parti o laço, e corri de sua sombra afainada, e procurei uma mãe-de-santo, e ela aconselhou: para seu caso ela tem que sentar em dois ovos quentes e dar um grito, que ela ficaria, a partir dai, mansinha...bem mansinha... Fiz o que fiz: levei pro encontro dois ovos fresquinhos e quentes, quando ela bobeu pus os ovos debaixo de sua saia. Aquilo estalou, ela gritou, igual a um animal parindo, que chamou a atenção de todo mundo da casa. Zebrou! Veio o irmão dela,impoluto, e acertou direto,com o pé, meus simples e queridos ovos. Eu também gritei de dor. E ficamos nós dois gritando igual aos avantes. Agonia dos passionais! Moral da história: fiquei sem a mulher, a mulher nunca mais quis saber de mim, de qualquer espécie de ovos e, eu, quase aleijado. Tudo...tudo...por por puro amor e por acreditar no sobrenatural
José Kappel
Enviado por José Kappel em 07/06/2006
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