Sombras Amigas
vivo de sombras,
às vezes amiga, outras, dó, de inimigas. já não ando sozinho, percorro meu íntimo com coisas fáceis. iguais aos ciscos inoperantes, aos cadafalsos dos reis ariscos. vivo de sombras, talvez de fantasmas alados - meigos rapazes - que me fizeram da vida um homem armado de vazios. hoje, olho para o futuro que não existe, ao passado de de tão fácil, morreu, e olho pro presente, e sinto que daqui não passo, daqui não vou pra frente! meu amor, de laço estou, com um falso lance sem cor. corra e me ajude. fiz o que pude mais, não faço. vivo nas sombras que de verão não são. pela cor, são invernais, cor de escuro, mais forte que o deus dará, mais fracas, do que os infernais!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 16/06/2006
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