José Kappel

Um amor sobrevive a outro amor

Textos

Alegrete da Manhã
Sou o avulso
que se atreve
ao todo,
quase lúcido.

Sou perca das
horas,
estagiário do
infinito sem
bordas.

Tenho bom
comportamento,
por isso, sou
apenas grilheiro
de duas algemas,
sem fardamentos.

Se me pedem
dou eu,
se me querem
faço de mim,
se me gritam,
augusto sou:
quase o fim.

Me espere
ao chegar,
é breve:
faça de suas
mãos, meu abrigo,
e enleva
o que se perde
de mim -
são coisas simples -
donas de você,
ou talvez seja seu
beijo
esquecido,
que falta
no corpo meu,
sem prontas respostas
e parecido
com grandes
alagadiços de plenos
alegretes de vazios.
E espero,
sua alegria.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 10/07/2006


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