Além das Coisas
Vou além das coisas,
em meias-voltas, de solidão, de não ter não há sol agreste, nem lua purpurina, que me faça esquecer você. Sou porto velho, sem mastros, alento ao vento maino que sufoca, pra depois ir morar com os astros. Passo da meia-noite, igual a criança. Vou atrás dela, onde ela for. Sou medidor de passos e calculador de dores. Rogo que tudo passe, que deste sonho eu corra pro lado de lá, longe daqui, perto do bem longe, rodeando, em sonhos, a saia dela.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 14/07/2006
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