A Casa Dela
Há várias coisas na minha
vida que me abrutam a sensibilidade: uma porta fechada, janelas de cedros despencadas, luzes de seda debruadas, poeira de tempo amuadas, e felicidade que nunca vem ameiada. Casa de armários de vila e agora, a casa antiga - a casa dela -, que um dia foi vinho, foi beijo sem velas, mas agora, mas hoje é sonho. Sonho de matar! Pois metade de mim, avante! Ainda baila por ali, na casa fechada, de uma varanda, um riacho, meia-luz, e dois abraços eu e ela, enlaçados, agora, só no ontem!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 30/07/2006
Alterado em 31/07/2006 |