Caos Interior
por um
questão de ordem, peço a palavra sem direito a qualquer perdão. na época foi fácil fazer azul-e-branco, sem ranço! difícil agora a confusão de dizer. tenho dúvidas de seu sexo pessoal! ora ela diz que sim ! ora nega, pelo não ! afinal você veio por amor de cozer ou amor de fazer? pergunta ela, sem ao menos dizer, quantos filhos dela eu tenho? mas neste dia de festa sem reza, desejo aos nubentes que saiam logo deste ambiente de abraço. porque de abraço morreu o zé- de-fora, e, deixou, a mulher sozinha e de cócoras, em plena noite de núpcias, mas rodeada de rainhas. descobri mais tarde, são nossas santas vizinhas badaladas ! mas este negócio de abraço, é pra gente de flanco, ou de político miguêz, feito de aço, ou feito gerente de banco: quando vê a gente vê também a dinheirada do freguês. pois aparecido tinha uma prima de fazer rés até no furgão. mas, um dia fui eu lá comprar, e sai correndo - muito azar ! - só porque eu já ia dela, a saia levantar ! fui fruto,fruta, sobremesa, antepasto, figura social, permutável, indiferente, hoje sou apenas retrato amarelado na parede, nada viável. esta história, de fazer boneco, está mal contada e fui pra ela perguntar que história é essa de fazer escondido? ela disse: tal coisa eu faço rindo, mas só pra quem eu gosto de meter com filhinho. fui também ao parque com a batista e ele comeu pipoca e batata doce. na hora que fui eu, entrei! fui tentar comer vestido assado e levei algo parecido como um grande e enternecido: panacho na cara já fenecida ! e, assim, desejo aos nubentes que saiam logo deste ambiente de abraço, porque de encosta aqui, e aperta lá, morreu o zé das zócoras e deixou a mulher sozinha e de cócoras, na noite de núpcias das rainhas. pois a vida passa rápido... e venham todos depressa: armo minha cama só mais uma vez, pra minha querida ama, de azul-tez, que se encobre na madrugada com cobertores de três homens, e uma mulher sem lei. é fatal! todos comem! e é com prazer que da flor desfaço e armo do laço um ramo, que pede um abraço e um beijo de amante de laço. pois a a amante me deixou: e fui contar tal história de ventre muito querido e acabei - olha ! - de queixo quebrado, mas querido, e o membro todo ferido ! história louca! pobre zeus! morreu sem toca ! neste caos de versos roucos. um caos!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 06/09/2006
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