Aprendiz de Faisão
e aqui vinha eu
de plena passagem, guarda-chuva de pó, com com medo de aremedos de chuva. e vinha eu de sobretudo de homem e galochas de ateu. vinha eu, pacífico, igual uma pluma solta no ar. e aqui vinha eu pleno de alegria de risos, mas carregando por dentro, logo eu, sincero e nada ácido, dúvidas muito lentas. sabia. os deuses foram tomar banho de sol na praia dos zeus! pronto estava prá levar um bota-fora dela. dito e feito. não sou jejuita, mas acredito: mulher de pronto é fria de homem. pois, enquanto ele dorme tranquilo, ela dorme nada franzina com outro homem. outro homem! que mais parece uma crina de tanto cabelo escondendo o fazedor de fazendas. por isso elas gostam. por ser assim: sou judas de hoje, mulher perdida, lá fica lambendo o fruto doce e proibido da dura traição. compreendo minha afeição que se brutalizou em traição! mas, apreendi com ferro, sem berro: e não sou faisão: mas, agora, coisa minha tem que ter lacre senão outro homem vem e abre com paixão!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 06/09/2006
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