Homem Sem Rei
sou valente
e forte, miúdo e solene. sou capaz, mas indigente. sou de amores mas não sou mais rapaz. na rua falam de longe: lá vai ele, o homem sem parentes, lá vai o catalano. lá vai o solene fulano. lá vai o homem que deixou passar a vida. e, de mais uma coisa eu sei: vida vai, vida vem. e chega uma hora que você vira bento, vento, lento. vai virando pó dos exaustos, pó das esquinas, dos falsos e dos impolutos faustos!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 07/09/2006
|