Fogo de Bebedeira
Babilônia de meus dias, fogo que arde no peito, - suplício e fogueira - traz a de nome Maria para os amores e meus feitos ! A chama que arde, é a mesma onde reside, os faroleiros que anunciam na sensação de perca, na fuga do que durou até tarde. Ave!Dos bilbodes! Tudo agora é palha pra Fogo de São João, a sensação é de um pirotécnico, que, no dia-a-dia, nem encontros coletivos agora tem. Não tem Maria, não têm jeito, não tem fogo! A viver só de vida é sonho, é bombinha de festa, é fogo feniano. Dela, que deixou minha paz abalada, num fogaréu pulado, primário e grego, com uma asa pra voltar e outra pra rodopiar! Hoje, ao recordar nossa vida, tenho certeza, que se você soubesse ao menos, se eu existisse, me carregava brando,lento,delongo, e correria aos meus braços. Pois igual ao fogo de Maria, não tem. O resto é de mal agouro! Se ela se tornou fogo e caleja agora outro corpo, a culpa é minha: Sou dois perigos, uma pólvora de tempo, um fósforo de alentar, pra, uma hora, virar, alternativa da saudade, ou madeira de consumo ingrato. Volta, Maria alvissareira, senão viro fogo de bebedeira!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 11/09/2006
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