Perdi o Achado
Paz, que procuro paz,
vida que faz vida, espírito que se abre e me abriga no faz vida de seu corpo. Sou sozinho, mas não sou caminhante, dobro as esquinas, me perco no parque, colho jasmins - de feitura igual - só seu espírito. Sou rico em fugas e pertinaz caçador de dores alheias, que se juntam a minha e faz um dó na garganta e um choro de lágrimas, que, belas, se arreiam de seu corpo, para minha trilha sem sol de queimar. Já sou homem feito ligado à feitura de sonhos; mas todo dia sua imagem me povoa. Eu sozinho, rezo, sem saber, pedindo que um dia você faça de minha vida um pedaço, sem medidas, de seu espírito e de sua carne. Se perdi, foi tudo em vão; ou se ganhei, já não sei mais te achar !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 13/09/2006
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