Povo Falante
dato o encontro.
dato a hora. fico em pé. encosto. espero ela, bem desgostoso. igual armado em algum front. mas o que vem é só vento: passa sem olhar. fico de olhar triste, sem postura, fraco, basto ! sem alento! mas sei, ela sabe, naquela casa já morei. agora, latejo palavras. e peço por favor: quando chamarem o amor, digam lá: lá vai o homem que de paixão era todo verdade. verdade, um dia, mentira noutro. mas podem me chamar de sozinho: sou homem rompante, cheio de belas fontes, carinhoso, que hoje se abriga no ontem. mas, e dói: - ah! mas que povo falante !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 22/09/2006
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