Mulher de Ninguém
corro,
e imploro ser louco, para dela entender. uma hora vira janelas, outra, dobra portas, noutras, grita efêmera cadê meu homem de quatro passos e duas mentiras? louca de amor vive a a menina largada à esmo nas escadas da paixão. louca ficou, de louco fico eu. de bom quero ser, mas a dor da pobre menina é maior do que a uma flor em véspera de morte. sinto todo próximo, o que dos céus zeus me ensinou: eu perdi a luz e ela achou a escuridão. razão de homens, vontade dos deuses, sem perdão, geme solidão, no quarto de meia-cama, sem mais ouro de brilho, sem mais beijos de doce com confeitos.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 23/09/2006
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