Amor Sem Morte
do patamamar
de minha varanda doirada de musgos e aberta ao sol, gueixas imaginárias me amedrontam com histórias de fantamas de crianças. beiro um miúdo riacho que adormece sem flores costeiras, que roda e roda dia e noite, num ritmo que os sós conhecem. de tudo, me movimento na lenta paisagem de douros, onde reservo minha dor e meu só, para meu próximo que não é ninguém. que é fruta sem ramos, sementes sem amos, que me morrem a cada segundo ! e lá fico, e lá dormeço, à procura do amor de limo, do amor sem morte !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 24/09/2006
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