Das Permissividades
fui com ela
tratar logo de permissividades, coisas assim, que a vida tira e põe, tal qual um bromo. qual! assunto genérico astuto, ferino, altamente contagiante. diria até: coisas de nefirite! dói de alma, até no pé. permissividade não é com ela não; seu negócio é felicidade, sem agressividade, é amar de acordo com a idade. permissividade, definitivamente, não! - se quer permissividade vai catar na rua mulher sem juras, talvez alguma dê felicidade de azurras! disse a mãe azucrinada com esse negócio de permissividade. eu? fiquei penalizado, mas queria permissividade. mas logo com minha filha? - seu tarado! - não senhora - disse eu - só quero um pouquinho de permivissidade pra acalmar o que vem de baixo prá cima, sem penhoras! e digo: é de deixar vexadas e loucas as senhoras ameixadas ! seu tarado, perverso! disse a mãe, vá procura a filha da ursa, mas com minha filha não! seu herege! seu poeta... poeta... poeta sem verso! de permisso, passei à poeta e não se fala mais nisso: entrou por uma porta e saiu numa bela horta! mas, permivissidade, não faço não. pois lá tenho mais idade? sei que trás felicidade. mas comigo, deve ser só por caridade !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 25/09/2006
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