Passarinho de Voar
achei às portas
abertas; frestava sol, pinguelava lua miúda, destas de inverno. de repente, tão súbito igual ao vento de improviso, me vi diante da porta que se abria em espelho. e,de lá me perguntaram de frente, se não era mais faisão, se não mais corria na contra-mão, pois, que dor é essa que bate e cola, dentro da vida da gente? e, fui saber, que do outro lado, bem do lado de lá, me chamavam de vem prá cá, pois minha hora é amena, seu tempo é de passar, sua vida não é mais dai, seu espírito já corre com a gente, igual passarinho de voar.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 25/09/2006
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