Sou de Ontem
sou de sombra,
sou de romaria, sou dor, dentro do povo. moro num domingo, batido pelo vento dos acaetés. sou pão dobrado dos mendigos! hoje só vou indo, ontem, já não volta, faz roda na noite da solidão. mulher? é fruta doce, que, de benta, azula longe de mim, e resplande só para os fíéís. sou apagado de cinza, sem tom, onde só me desejam falsos coronéis !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 26/09/2006
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