Achados de Vânia
É tão difícil escrever para
você como é tão difícil escrever igual a você. Seus achados são pérolas de magia! Se não é letra de música, é ensaio de amor. Vibrante e colorida você só perde por anseios e rarefeitas faltas que sobram em qualquer ser humano. Mas isso não descontenta. Você nasceu meio-poeta, meio extraterrestre, contendo em seus lábios um jorro de palavras nascentes que confortam e atiçam a imaginação do mais pobre dos incautos. É tão fácil entendê-la como é plenamento possível suportá-la até o limite que a magia do amor alcança. Sempre atiça e vivaz. Você é suportável até o limite do mais profundo e denso céu. Essas palavras são suas, escritas por um velho carpinteiro de palavras que jamais lhe alcançam, pois, além de ávida-mulher de três estrelas é também tão perdoável e conquistável como a mais augusta das madrinhas que pousam a cabeça de seu homem e sussura junto às estrela: "Esta é minha vida". O que você não entendeu dentro de seu esplendor é que você que cria e dá vida, torneia, amacia, aproxima,acalenta,seduz e impõe uma única condição: que aquele que te afaga jamais saia de seu lugar para a entrada de outro personagem - não tão afago. O que você não entende é que você é a própria geradora da luz, a fornecedora de forças a sedutora loquaz de palavras tão gentis que até a leve bruma da noite você consegue torná-la de pleno sol e calor. O que há de tão especial em você que do céu jorram palavras de bênçãos? Tão grande mulher que de palavras faz sua guerra, mas de coração planteia amores que jamais são divididos. O que há de tão especial em seu esplendor? Talvez você não saiba, mas os dotados pelos deuses criam maravilhas só em olhar, só em pensar. Com a pena e a tinta você reduz a mais omisa miséria ao seu esplendor natural. Há coisas que você não sabe. Que só os homens percebem e cabisbaixos ficam em timidez plena. Você consegue dar a vida a força do imaginário e do imaginário você cria a vida. E toda sua vida é amor. Não conheci mulher igual. Nascida dentro de tanta carência, a vida também lhe virou às costas e disse titubeante: "Vá , ande , procure o que é seu!". E essas palavras remoeram mais seu espírito atiço que lhe faz voar atrás do espirital, onde não guarnecem apenas sentinelas sonolentos, mas ávidos guerreiros de arco-e-flecha em punho, prontos para apunhalar à primeira visita. E você foi à primeira visita. Lutou tão bravamente que de torta a sentinela ficou e você acabou conquistando as coisas imaginárias e as palpáveis. Conquistou a si mesmo sem chorar. Por isso desta carta meio meiga e sentimental, mas que produz em quem escreve um ardor fervente de paixão incontida, mas que, infelizmente, não podem ser ditas ao ouvido. Desculpe invadir sua privacidade e fazer dela público. Mas se a metade das mulheres do mundo tivessem sua paixão pela vida e pelas coisas que a cercam, certamente seríamos mais felizes e apaziguados, os pobres de amor. Estas palavras, escritas por quem nem se aproxima de sua avidez de espírito e cultura desenvolta, é apenas para saudar uma amiga.E um eterno amor camuflado em ansiedades e meias-dores. Não uma amiga comum. Mas uma que nasceu para jazer em meu corpo e, por incrível, já igualam a séculos, que me a calenta, dentro um milhão de horas, dia e noite.Sempre próxima a mim. Se acredito no espírito, digo que sim; no sobrenatural, igualmente e você não é muher de vários homens ou de castiços bares vazios, mas se não pode ser completa e perfeita, é pelo menos capaz de dizer que ama um homem e faz dele uma serenata constante onde só há chegadas e , espero, jamais haja partidas. Se o milagre do céu nos colocou juntos pois assim fique, e continue a pujançar seu milagre de vida em minha vida.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 19/10/2006
Alterado em 30/07/2018 |