À Espera de Zebenda
se for zebenda, mande entrar; lá fora tá frio, de arredar ! mas lá no sereno, ela passeia, flutua entre flores marejadas por folículos d´água. mas se for zebenda manda entrar. sei que é difícil, sei, por princípio, que o amor vem duas vezes: na primeira você não percebe, na segunda você percebe, mas ele já se foi. mas se for zebenda manda entrar, e deixe a plebe falar, pois de minha cadeira vejo o jardim, mas de zebenda não vejo mais, nem sombras e lembranças: isso tudo dói, minha faceira ! sem mais zebenda o mundo fica esquisito: igual lenha arquejada e molhada, que já não faz mais fogueira. ah! se zebenda chegar, manda entrar, pois estou de olheiras por esperar ! Poema e foto: José Kappel
Enviado por José Kappel em 05/06/2019
|