Minha Vida com a Tua
Desvenda o corpo, como se uma abre uma flor, redoma as mãos e faz delas uma aventura de mim. Não é pedir muito, para quem já tem pouco; Não é pedir demais pra quem beira o louco. Abre o espírito iluminado e faz dele um pedaço de mim, desdobra a vontade, e, de armadura em mãos, acabe por dilacerar os frutos que morreram quando me viram nascer. Se peço pouco, é porque sou ralo de mim. Não visto coroa, nem mendigo por estrelas, ou faço delas esperanças. Na verdade, na verdade, minha amiga - que ouçam os místicos do amor - o que queria mesmo é, nem que fosse por um minuto, roçar minha vida com a tua... José Kappel
Enviado por José Kappel em 05/06/2019
Alterado em 05/06/2019 |