Fui numa tarde sombreada testar o tempo. Visionário e louco, me vesti de rara esperança e parti para as entranhas do tempo. Ele até que jorrava sol nas montanhas e partia-se em dois, rebatido por nuvens indiscretas. Aportei na primeira pedra. Foi ai que além do tempo fui conhecer o precipício: era longo, de rasgas escuras, bordado de musgos e profundo. Tão fundo que, ao mergulhar, me tornei dono de meu tempo,senhor do meu vizinho,aragem de minha terra, floripas de meu campo azeral. Azéus! - Fui de minha morte ! Trombos! Passei a ser dono também de meu funeral! José Kappel
Enviado por José Kappel em 09/03/2020
Alterado em 09/03/2020 |