Das Buscas
Quem busca, às vezes encontra caminhos de pedras, ponteiros de encruzilhadas esmaecidas.
Quem procura acha, a flor, os campos, as montanhas silvestres, apanágio de aves, calabouço de gente, que se perde e não se acha. Ou quando se acha, vai sem querer de encontro a si mesmo e acha vazios imensos. Depois da festa, bate um arguto arqueiro de três flechas e aponta em cheio para suas esperanças. Se você guarda um pouco, perde com o tempo, se distrai vendo a champanha passar e o dia raiar nublado e tendencioso. Quem busca, encontra. Quem encontra, às vezes, se perde no redemoinho que a ele se envolve e o leva aos confins dos fins, lá na última parada do fim do mundo. Se você já chegou lá, então deve estar em prantos sossegado e tenro, porque, o que a vida tira não coloca no lugar. Ao contrário, repõe formas diferentes onde preme a solidão e molduras do anteverso. Se procura, acha.Mas tudo passa ser contraditório. E dentro do contrário você é obrigado a dançar com o caos. E já se depara, lastimoso, com tudo diferente. As pessoas já se foram e quando você olha em volta, não há mais volta, nem o princípio, nem o fim. Um tempo, onde nosso confessionário agora é angústia e solidão... José Kappel
Enviado por José Kappel em 07/06/2020
Alterado em 11/07/2020 |