Você III
Quero você ao chegar das estações. Não importa se flagela o calor ou a vaidade do frio. Quero você assim mesmo, como agasalho do espírito, como milagre permanente, em cada dor que surge, em que cada vento que assola o espírito, em cada rajada que abate a solidão. Discernir já não posso; falta-me o consenso de clamar, falta-me o obreiro dos milagres, falta-me o construtor das pedras íntimas que sempre me fez sentir. Quero você guerreira, quero você doce, mas arqueira; aquela que luta e protege pelos combalidos, na terra dos vinténs, dos caminhantes de uma pátria onde a bandeira é a união da solidão, da faina e da brisa ! Quero você vestida de vida, Quero você permeável de amor, Sou privilegiado, pois tenho cálido amor, ânsias de milagres, permanentes mãos, cuja emergência, estão sempre perto no acalanto de minha solidão. José Kappel
Enviado por José Kappel em 05/08/2020
Alterado em 06/08/2020 |