Nesga flor que me aproximo,
que faz de mim o seu próximo, que lasciva a carne e, por ânsias de amor, não me deixa morrer. Auréola de jardins em flor, que altiva pela manhã, jarras e jarras de odores, que torna mais festeira minha casa de obreiro das letras. Linda manhã que cativo ao redor da qual não gira mais nada, senão o puro dever de altivo viver, meeiro de suas pétalas. Tibúrcios ornamentam meu corpo como se flores e corpos se misturassem à procura do que ainda não sabem, mas se cativam, porque vão plainar no céu mais denso, sob o sol que fica no fundo do seu olhar. E, nesta manhã, faço do espaço de flores o meu mundo. Tenho fundos de certeza que o corpo dela vive aqui, à sombra do mais belo ramo, tenho certeza que o corpo dela está atado ao meu, em talos invisíveis e ramos de benfeitorias de amor e carinho ! José Kappel
Enviado por José Kappel em 23/08/2020
Alterado em 16/10/2020 |