A Primeira Dança
Hoje eu queria, se mais não pudesse, e, se por favor, se fosse alento puro, me concedesse, a primeira dança da primavera. Sou querente, nada pávido, rápido no pensar, e tolo ao dizer: sou também amante esquecido, compasso de pano colorido, avesso, e sem lindezas a provar. Por isso, eu queria, com perdão devido, e de porte de mim mesmo, se de saia em saia, eu pudesse me acobertar em seu rosto de jasmim e dizer: eu te amo. Que é tão fácil falar, e tão difícil de compreender! José Kappel
Enviado por José Kappel em 06/09/2020
Alterado em 02/01/2021 |