Passadiço do Tempo
Enquanto os campos de flores urgirem o passadiço tempo, enquanto nenhum navio largar o porto, e as senzalas da dúvida perdurarem, tenho certeza que não abandonarei você. E, se, de repente, o fogo humano bramir sua inconstância e aventar a guerra dos anos, e ver minha juventude sorvida pelo arco e a flecha, montarei guarda medieval à sua porta. E, se mesmo o amor morrer; Faça lá! De fora ficarei guardando sua vida choupana, seu amor de quarto, nosso amado esbelto, que nasce agora como estrelas, num ventre nunca, antes, varrido pelo vento do amor. Desejo e faço. José Kappel
Enviado por José Kappel em 06/09/2020
Alterado em 23/11/2020 |