Sei que água e vinho se misturam,
sei que um faz o outro,
mas meu curso já está feito:
hoje sorvo seu beijo sem aventuras,
hoje faço seu dengo,
e dela faço minha primeira água,
meu primeiro beijo.
Lá em Águas de Barrelas !
Onde só existe você
Sem permeio de entre-elas !
E, se partimos,
um pra um,
somos dois em um
- sem haver -,
o que lado?
Espero com a taça de água
e o ameno vinho,
a hora de você chegar,
e abrirmos a garrafa da vida
a botelha de luz.
Que agora nos cedra
e nos convida,
para a próxima ceia:
você de branco - igual
a mais pura água -
eu, de vestal, a serví-la,
como o mais vasto príncipe.