Não tenho sinais de alertas,
não tenho navios de proa.

Sou jactância dos medrados,
sem arestas.

Nem meus capitães de bombordo
ainda existem, pois perderam a corda,
que trás à vida e a arrenda à morte.

Pois lá na rua Leste
bem perto do porto sem arestas,
é que passo minhas noites,
que abrigam navios que nem porto têm.

São elas que me acalentam,
juntos a todas do mundo,
as mulheres,

tenras e fogosas,

mas sem nome e
que vivem na eterna festa
dos centeios mal-passados,
à procura de homens queridos !

Homens e mulheres, sem pátria
que, todos os dias,
perdem  alguma guerra !
Já que perderam o que
julgavam ser,

na ilusão do caos,
os eternos amantes!