José Kappel

Um amor sobrevive a outro amor

Textos


Às vezes, quem bate
não quer entrar;
quem entra não quer sair.
Fugas, não há.

E o campo é vasto
para sonhar!

Época de colheita,
aqui e lá.
Os campos florescem,
como atiçam as aves,
rebuliças no andor
do sol.

Se penso, auguro mal,
não sou coerente,
nem de paz.

Não uso armas
nem ancinhos de
corte.
Sou figurino de palácios
e trago ansiedade
aos lotes.

Se me chamam é para pedir,
se atendo é para dar,
se me refugio, me acham nos
campos,
se me nego,

então,
viro rifa ganha
pelos lordes.

Assim, passo meu tempo,
dentro da cerca, imóvel.
Já não sou mais novidade,
nem campo de flores.

 

E assim ela me fez dádiva,

do nunca mais perto de você.

 

E assim virei saudoso e ávido !

 

José Kappel
Enviado por José Kappel em 24/05/2022


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