Amor de ensaio,
amor sem ordens,
sem plantão,
só de soslaio.
Vivo de duplas, assim,
você lá, eu me perco aqui!
Mas não consigo dar o passo,
pois,
no vira-vira,
o vira ontem,vira hoje,
é tudo cisma igual
e ela não sai de meu andar!
Ser rei de si mesmo
tem lá suas presenças,
mas, no fundo, bem do
amorfo casco do baú.
só vivo a saudade!
E pior pra nós dois, digo que
tento alentado:
sem amor,
o mundo tornou-se sem cor,
barroco, sem frutas e doces
pois tudo caminha muito lento!
Coisas dos apaziguados !