O rumo é atrevido
e parado,
a paz é suspeita,
a dor agrura,
de todos os lados.
Meias-paredes,
fazem aparentes cortinas,
zanzanadas pelo tempo.
Longo tempo de balbuciar
no balançar da rede!
Eu, agora cá,
amorfo entre os lencóis
sancristos,
penso nela, com esperança.
Mas dores inúteis !
Pelas longas
horas de saber
a vida me ensinou, lenta,
que jamais
outra igual,
surgirá entre
meu desejo
e o ocaso
que nos separa:
Ah! mil léguas de amor!
traídas pelo tempo!
Cujo, tem nome,
João Maria!
O corretor de amores
alheios,
o visigodo
de minhas derrotas.
Te perco,
mas não perco
pela hora !
E zera o tempo,
e faz costume
de areias lerdas !