eu gosto mais dela.
ela gosta mais de mim.
nem abrindo janela
pra entrar algum vento,
ou fechando portas,
pra esconder o céu azul,
nada sem censo
nos está indo
pra nos separar !
mas
no de repente,
estamos igual fundo de
panela:
não servimos mais pra nada.
e esta história
fim não tem:
não há como se
largar
um do outro,
nem carregando
a bandeira dos
sombreados
de puro amor.
mas um dia,
passamos da época,
viramos saudade
de criança.
agora, vai dizer
isso pra ela:
- não digo não!
vem dizer pra mim,
- não aceito não !
quem mandou
os zeus
unir a gente ?
a gente?
mesmo sabendo que o enlace
começa de um lado
e balança do outro.
azar!
somos agora
um par
que mora
no fim do mundo.
amor danado!
começa
e fica sobrevoando
os fins !
ainda dança
na ala dos alados !
fim, não tem!
tem fingido
de arder,
tem ungidos,
mas tem sombras de prazer !
ela tá lá,
nós estamos juntos,
nós se gostamos,
mas
sempre tem gente
ávida no separar,
em brumar sombreiros
em nosso querido
reino.
Mas não separa não,
nós somos
dois em um,
sem mais senão !