sou valente
e
forte,
miúdo
e
solene.
até muito puro,
por assim dizer,
do rubro e sozinho.
sou capaz,
mas indigente.
sou de amores
mas não
sou mais
rapaz.
na rua falam
de longe:
lá vai ele,
o homem
sem parentes,
lá vai o
catalano.
lá vai o
solene.
sem amor da Juliana.
lá vai
o homem
que deixou
passar a vida.
e, de mais
uma coisa
eu sei:
vida vai,
vida vem.
e chega
uma hora
que você
vira
bento,
vento,
lento.
vai virando
pó
dos exaustos,
pó
das esquinas,
dos falsos
e dos
impolutos
faustos!
Minha ceia de amor
acabou virando
centro de minha dor !