Pincelo em tela de ouro, onde amaino meu dissabor.

E lá se misturam peixes dourados de infância e escamas com turvas de dissabor e flores e cravos

São minhas turvas de solidão.

E neste avante, meu sol morreu.
 

   Perdi a casa, perdi a 
  família, os desdéns, 
  a fruta e o doce. 

  Restou a porta e o jardim 
  e as pobres  acácias 
  que sofrem com meu desalento 
  de uma guerra que comecei 
  e não sei acabar. 

  Mas pela porta dos
  esquecidos,
  essa eu sei sair ,
  mas sem abrandar
 toda lembrança
 do quanto errei !

E nesse todo caos
nem sei se
estou lá ou
estou lá e aqui.

hoje é amanhã
e ontem o futuro ?

Que tempo é esse
que me fez por vir !
Somente no meu
ontem  ?