límpida igual ao brado do deserto,
silenta,absorta,vaga,
misto de troiana e vestal.
vida e impasse, dúvidas e cruéis ansiedades,
navegam pelas areias de seu corpo,
num mundo regado
pelo sol, mas fogoso em
sua mãe-festa premente,
onde buliça a esperança.
assim, hoje, te vejo:
absinta e colorida de festas,
recostada em colunas de pó e argila,
aliciada pelo teu véu castiço, que
reborda junto ao vento e amacia a pedra.
vaga, holocausta pelas dores da vida.
Se te alcançam é sempre para medir
o espaço que te separa entre a luz e fresta.
assim te vejo hoje,
saudoso,
num pedestal de rosas serenas.
mas, dó de mim !
dores de quem perdeu,
a doce troiana