Mulher sobrenome,
mulher duas vezes,
de três rimas
sem nenhuma
cantante.
Mulher de vários,
que percorre minhas
ruas
nuas e vagas.
Só néon rachado,
só luz sem amparo!
Quando tudo passar,
e correr feito rio,
pra bem longe,
repasso o véu
do frio, pra agasalhar
seus lábios.
São roucos,
de tanto você gritar
amor...amor
sou seu fruto !
E pra sempre
ei de gritar:
Sem você,
me trasformam
em uso e fruto,
na rotina da eternidade,
franqueada por
aqueles sem amores !